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Ser mãe

Poderia começar este texto enumerando todas as alegrias e coisas boas que a parentalidade nos traz, mas isso já estamos tod@s habituados a partilhar alegremente (muitas vezes sem nos pedirem 😉 ).

O que gostaria de partilhar hoje e que aflige muitos pais, especialmente mães, é o lado menos bom da parentalidade, e que habitualmente escondemos, consideramos muito negativo e sobre o qual nos sentimos culpados.

Mas afinal o que é isto de ser mãe?

É muitas vezes sentirmo-nos exaustas, querermos um bocadinho só para nós, para o nosso telemóvel, para estarmos só conosco, para consumirmos TV sem culpas (mesmo que seja uma coisa sem interesse ou conteúdo), para estarmos no sofá, para lermos um daqueles livros que estão “por ler” há um tempão, para bebermos um copo com as amigas, para dormir (nem que seja 3 ou 4horas seguidas!), para não fazermos NADA!

É não ser a mãe perfeita que vemos nas revistas ou nos filmes, é às vezes berrar ou gritar com os filhos e marido (muitas vezes sem grande fundamento), não ter a paciência necessária para eles, apetecer-nos desaparecer (e que eles desapareçam!), não reagirmos da forma que gostaríamos, “passarmo-nos” com as birras, não gerirmos da melhor maneira as emoções, chorarmos quando não o queríamos fazer.

Enfim, ser mãe é isto tudo. Um misto de alegria, gargalhadas, bons momentos, sucessos, e de tristeza, choro, maus momentos e erros. Muitos erros que nos permitem aprender, crescer, evoluir enquanto seres humanos e enquanto pessoas que têm outras pessoas, dependentes e sem o mesmo arcaboiço intelectual e emocional, a cargo, sob sua responsabilidade.

É termos também de lidar com uma sociedade de julgamento fácil e gratuito, que busca hipocritamente a perfeição ilusória e impossível de quem nunca grita, comete erros ou toma as atitudes indevidas em determinadas situações. Por isso escondemos, fingimos ou sentimo-nos culpadas, ao estilo do “pescadinho de rabo na boca” empolando tudo isto numa espiral de culpa e recompensas, tal como fomos habituadas.

E se lhe disser que está tudo bem?  Que é permitido sermos vulneráveis, sermos autênticas? Que é tomando consciência dos nossos maus momentos e atitudes que os podemos alterar se quisermos? Que é através do nosso exemplo de autenticidade e vulnerabilidade que educaremos pessoas autênticas, que defendem os seus ideiais, que perseguem os seus sonhos e satisfazem as suas vontades? Que estas sim, são pessoas reais, plenas, integrais, conscientes e saudáveis?

 

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