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Iceberg das necessidades

O iceberg é uma imagem que desde sempre se associa às camadas da mente. Sendo o consciente a parte visível do mesmo e o pré-consciente ou subconsciente e o inconsciente as partes submersas (e bastante maiores que a visível).  É uma analogia ou metáfora visual que é muito útil e eficaz, pois é de fácil compreensão. E o melhor de tudo é que dá para aplicar e adaptar a imensas coisas e situações.

Podemos icebergar os comportamentos e necessidades, por exemplo. Sabendo que todos temos necessidades por satisfazer torna-se ainda mais fácil esta associação não é? Estamos habituados a ver as necessidades representadas por uma pirâmide a maior parte de nós pensou logo na hierarquização das necessidades de Maslow:

Fonte: www.elirodrigues.com

Voltemos ao iceberg das necessidades… Na camada da superfície ficariam os comportamentos, aquilo que é visível, e nas submersas as necessidades por satisfazer. Talvez seja mais fácil associarmos isto a crianças como propõe Kelly Bartlett (www.KellyBartlett.net). O que vemos no comportamento das crianças é sempre reflexo das suas necessidades, que grande parte das vezes não são satisfeitas ou atendidas, nomeadamente:

– Sentir-me amad@ / Sou amad@?

– Sentir-me satisfeit@

– Sentir-me confus@

– Sentir-me desapegad@, indiferente

– Sentir-me segur@ / Estou segur@?

– Sentir-me triste

– Sentir-me/Estar conectado/em conexão

– Sentir-me zangad@

– Sentir-me alegre

– Posso fazer coisas sozinh@?

– Sou capaz?

– Sou cuidad@, acarinhad@?

– Sentimento de pertença (ou não pertença)

– Sou respeitad@?

– Tenho poder?

– Sou incluid@?

– Os meus pensamentos são valorizados?

– Sou compreendid@?

– Sou importante? Importo para alguém?

(…)

Ou seja, a tão comummente chamada “birra” que as crianças (e adultos) fazem são espelhos involuntários de uma grande confusão interna, que eles (e nós?) não conseguem gerir quando têm dúvidas muito pertinentes como: “Se eu tiver este comportamento os meus pais vão amar-me na mesma?”; “Os meus pais insistem para fazer isto, mas eu estou chei@ de sono”; “Porque é que me obrigam a comer se não tenho fome?”; “Porque é que estão a falar assim comigo?”; “Porque é que não me ouvem?”; “Porque não me dão o que quero?” (…) Para nós, colocando-nos no papel de um adulto perante uma criança é relativamente fácil responder a algumas destas perguntas, mas consegues perceber que para eles é extremamente desafiante não consegues (por muito que lhe expliques)?

Então, o que fazer nestas situações? Responde às “questões submersas” da criança, respeita-a, inclui-a, conecta-te com ela, mostra-lhe o teu amor, abraça-a, diz-lhe que vai ficar tudo bem, que vai passar, que estás lá, e mais importante de tudo, ESTÁ lá efectivamente, a tua presença e amor incondicionais aliados a uma comunicação e escuta activa e consciente são o remédio.

Agora convido-te a reler as necessidades submersas, mas fá-lo no teu papel, de adult@. Relê também as dúvidas das crianças que dei como exemplo e que reflectem as suas necessidades (e por conseguinte os comportamentos) e troca os pais pel@ teu/tua companheir@, pel@ teu/tua chefe… Percebes agora?

Pensando novamente na imagem do iceberg… Porque é que dás tanta importância ao comportamento, ao que é visível, agora que sabes que o mesmo é reflexo de necessidades por satisfazer, de algo mais profundo e interno? Porque é que não satisfazes essas necessidades?

 

Vem semear a tua satisfação e a dos teus 🙂  www.semente-cdp.pt

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