Domínio das emoções
Muitas vezes nem nos apercebemos da chegada de uma emoção. Ela simplesmente chega e arrebata-nos. Isto pode ser muito útil numa situação de emergência, e pode não ser tão útil e/ou ajustado noutras situações em que por vezes perdemos o controlo, ou não reagimos como queremos.
A grande maioria das vezes estamos em sintonia com as nossas emoções, outras vezes não: a intensidade pode não ser a adequada – quando nos rimos descontroladamente num a situação socialmente delicada; ou quando nos assustamos e gritamos desalmadamente, por exemplo; quando a expressamos de uma forma incorrecta – quando estamos a defender um ponto de vista e nos exaltamos; ou quando nos remetemos ao silêncio em vez de defendermos o nosso ponto de vista, por exemplo; quando não era esta emoção que queríamos sentir naquela situação específica- ficar paralisado de medo numa situação em que a maioria das pessoas não ficaria, por exemplo.
O que é certo é que a emoção é tão rápida, que só passado alguns segundos é que tomamos consciência dela (entretanto o nosso organismo já tratou de nos proteger e preparar, mesmo sem que demos por isso – o nosso batimento cardíaco altera-se, a nossa expressão facial altera-se, a nossa corrente sanguínea muda de velocidade, os nossos pêlos reagem, etc.). Por isso é tão desafiante controlar as respostas emocionais, mas é possível alterar o que provoca em nós determinadas emoções (o trigger, o gatilho) e a nossa resposta a esses gatilhos.
O que também é certo é que as emoções condicionam o nosso comportamento, as nossas atitudes. Então o que é que condiciona o nosso estado emocional? Se tivermos em atenção a tríade cognitiva pensamento-sentimento-comportamento (o que penso-o que sinto-o que faço) percebemos que os nossos pensamentos condicionam os nossos estados emocionais, que por sua vez condicionam o nosso comportamento, logo o nosso resultado. Poderia alongar-me bastante aqui, mas ficará para outro dia 😉
Todos nós já tivemos pensamentos negativos, certo? Quanto mais nos focamos nesses pensamentos mais fortes eles ficam, e multiplicam-se, tornam-se assim padrões de pensamento.
“Então, como podemos alterar pensamentos? Isso é sequer possível? Mas os pensamentos fazem parte de mim, não os controlo! Eu tenho que pensar aquilo que penso. Eu faço o que penso.” Podem ter sido algumas coisas que pensaste agora 😉
Também tenho algumas questões para ti: “Quantas vezes já pensaste em coisas que nunca fizeste, se realizaram ou agiste de acordo com elas? Quem é que ouve os teus pensamentos? Quem é que está a pensar nisto? Qual é a intenção deste pensamento? Porque estou a pensar (n)isto? O que prefiro pensar em vez disto?”
Estará o segredo no foco, na intenção consciente, na escolha responsável que podemos fazer? Na aceitação dos pensamentos negativos, para que os possamos alterar, focando-nos naquilo que efectivamente queremos pensar, e consequentemente no resultado que pretendemos atingir?
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